
Tendo em vista o cenário climático atual, é inegável o valor dos esforços que determinadas empresas fazem para reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em suas operações. Entretanto, sem órgãos regulatórios específicos que ajudem no gerenciamento e qualificação dessas emissões, produzir um inventário com qualidade técnica e confiabilidade torna-se um desafio.
Pensando nessa lacuna, em 2008, a Fundação Getúlio Vargas (FGVces) e o World Resources Institute (WRI), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), World Business Council for Sustainable Development (WBSCD) e 27 empresas fundadoras, criaram o Programa Brasileiro GHG (Greenhouse Gases).
O programa consiste, resumidamente, em uma maneira de fomentar uma cultura corporativa de inventário de GEE, além de ajudar na melhoria das capacidades técnicas e institucionais das empresas para realizá-lo. Tudo isso pensando no gerenciamento e quantificação das emissões de forma transparente perante a sociedade.
Conquista do Selo Ouro
A partir do momento em que o inventário de uma empresa é submetido ao programa, ela pode ganhar algumas certificações para reconhecimento de seu desempenho. A mais alta delas é o Selo Ouro, conquistado pela Serena em quatro anos seguidos (2020, 2021, 2022 e 2023). Esse selo é concedido às empresas que publicam o inventário completo e o submetem a auditoria, o que garante a transparência nos dados e na divulgação.
Como são calculadas as emissões de GEE?
Quando se trata de emissões de Gases de Efeito Estufa, é importante pontuar que existem emissões diretas e indiretas, e que, conforme o Protocolo GHG, elas estão divididas entre três diferentes escopos. Confira abaixo que tipo de emissão se enquadra em cada um deles:
- Emissões de Escopo 1: leva em consideração as emissões geradas diretamente pelas operações da própria companhia. Dentro dessa classificação, estão, por exemplo, os gases produzidos a partir da queima de combustíveis e fontes de calor.
- Emissões de Escopo 2: leva em consideração as emissões indiretas, provenientes da energia elétrica adquirida para uso da empresa, incluindo vapor, calor, entre outros.
- Emissões de Escopo 3: leva em consideração emissões indiretas não incluídas no escopo 2 e provenientes da extração e produção de matéria-prima, gestão de resíduos, logística, uso final dos produtos, viagens, entre outros.
Na Serena, há quantificação das emissões em todas as operações da empresa, incluindo implantação, e a ideia é continuar contabilizando essas emissões para conseguir alcançar processos cada vez mais sustentáveis.
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