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Descubra o que é PCH e CGH: semelhanças e diferenças 

Descubra o que é PCH e CGH: semelhanças e diferenças 

Barragem de Pequena Central Hidrelétrica (PCH) em área montanhosa, com reservatório cheio e água vertendo pelo vertedouro de concreto sobre rochas naturais.​

PCH e CGH: o que são, como funcionam e quais as vantagens

As Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) representam soluções eficientes e sustentáveis para a geração de energia elétrica no Brasil. Essas usinas de pequeno e médio porte desempenham papel estratégico na diversificação da matriz energética brasileira, oferecendo alternativas descentralizadas de produção com menor impacto ambiental.

Neste guia completo, você descobrirá tudo sobre PCH e CGH, desde suas definições técnicas até aspectos práticos como custos de implantação, prazos de construção e benefícios para investidores. Também apresentaremos dados atualizados sobre a participação dessas usinas no sistema elétrico nacional.

O que é PCH? 

Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) são usinas hidrelétricas de tamanho e potência relativamente reduzidos. A classificação dessas usinas foi feita pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), em 1997, e deve seguir as características abaixo: 

  • Potência instalada entre 5 MW e 30 MW; 
  • Área de reservatório de até 13 km², excluindo a calha do leito regular do rio. 

Em razão de seu reduzido espaço físico, as PCHs possuem custo de construção menor e podem ser implantadas em locais próximos a centros consumidores, representando uma boa opção para complementar a matriz energética.

Como funciona uma PCH? 

Para uma PCH funcionar, é preciso construir uma barragem para represar a água de um rio. O funcionamento de uma PCH segue o princípio básico de conversão de energia potencial em energia elétrica. O processo acontece em etapas:

  • Captação e Represamento: uma barragem represa a água do rio, criando um reservatório que garante volume e pressão adequados para a geração;
  • Movimentação das Turbinas: quando as comportas se abrem, a água desce pela tubulação forçada e atinge as turbinas. A força da água movimenta as pás da turbina, gerando energia mecânica rotacional;
  • Geração de Energia Elétrica: o movimento das turbinas aciona o gerador, que converte energia mecânica em energia elétrica por meio de indução eletromagnética;
  • Transformação e Distribuição: a energia produzida passa por transformadores que elevam sua tensão para níveis adequados à transmissão. Posteriormente, a energia percorre linhas de transmissão até chegar aos consumidores finais.

Um aspecto importante do processo é que toda a água utilizada retorna ao leito do rio sem alterações em sua qualidade, preservando o recurso hídrico para outros usos.

Quais são as vantagens das PCHs para a matriz energética?

As PCHs oferecem benefícios significativos:

  • Proximidade aos centros consumidores: reduzem perdas na transmissão e aumentam a confiabilidade do fornecimento;
  • Menor impacto ambiental: reservatórios reduzidos minimizam alagamentos e deslocamentos populacionais;
  • Desenvolvimento regional: geram empregos diretos e indiretos durante construção e operação;
  • Custo competitivo: estruturas mais simples resultam em investimentos menores comparados às grandes hidrelétricas;
  • Energia renovável e limpa: não emitem gases de efeito estufa durante a operação.

O que é CGH? 

As Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH) são usinas hidrelétricas ainda menores do que as PCHs. A potência é igual ou inferior a 5 MW.   

Com funcionamento semelhante ao das PCHs, as CGHs possuem obras de execução bastante simplificadas. Em razão de seu porte pequeno, possuem incentivos legais e descontos em tarifas setoriais. 

Quais são as diferenças entre PCH e CGH?

Agora que você já sabe o que é PCH e CGH, está na hora de entender um pouco mais sobre as diferenças entre elas. Além da potência, há alguns pontos a se considerar. 

Enquanto a PCH demanda um estudo de inventário (que analisa o potencial hidráulico da fonte escolhida) e um projeto com detalhamento técnico para análise e aprovação da ANEEL, a CGH, em razão de seu pequeno porte, está dispensada do cumprimento das duas etapas acima.   

Para iniciar suas obras, é necessário apenas comunicar à ANEEL sobre a intenção de implantação e obter os licenciamentos ambientais.   

Como o processo de criação de uma CGH é simplificado, seu prazo de implantação dura até dois anos, enquanto o das PCHs pode chegar a cinco anos. 

Outra vantagem do investimento em CGHs é o custo, que é mais baixo por conta de sua estrutura reduzida e da menor complexidade de processos. Para simplificar, compilamos as diferenças em uma tabela:

AspectoPCHCGH
Potência instalada5 MW a 30 MWAté 5 MW
Área do reservatórioAté 13 km²Varia conforme projeto, geralmente menor que o de PCH. Exemplo: muitas CGHs possuem reservatório inferior a 1 km², enquanto PCH pode chegar a 13 km².
Estudo de inventárioObrigatórioDispensado
Projeto técnico ANEELNecessárioSimplificado
Prazo de implantação3 a 5 anos1 a 2 anos
Investimento médio estimadoR$ 10 a 15 milhões por MW instalado (exemplo médio de mercado)R$ 5 a 8 milhões por MW instalado (estimativa média, podendo variar conforme localização e tecnologia)
Incentivos tarifáriosDescontos em TUST/TUSDMaiores descontos

Por que PCH e CGH são importantes para a matriz energética?

Essas pequenas usinas hidrelétricas representam aproximadamente 4% da energia elétrica gerada no Brasil. Atualmente, temos 546 PCHs e 744 CGHs operando no país, segundo dados da ANEEL.

Mas os números não contam toda a história. As PCHs e CGHs são estratégicas porque:

Benefícios ambientais e sociais

Por serem menores, PCHs e CGHs alagam áreas reduzidas e causam pouco impacto na natureza. Estão alinhadas com práticas e critérios ESG, geram empregos locais e contribuem com a sustentabilidade corporativa e familiar.

Energia renovável e ciclo sustentável

A água retorna ao rio e pode ser reutilizada, gerando energia de maneira sustentável e renovável, ao contrário de fontes fósseis que poluem e se esgotam.

Mercado Livre de Energia

PCHs e CGHs recebem descontos em tarifas, graças à classificação de fonte incentivada, e esse benefício é transmitido ao consumidor no mercado livre de energia

Como se beneficiar com a energia gerada nas PCHs?

Empresas de médio e grande porte podem reduzir significativamente seus custos com energia ao migrar para o mercado livre e contratar eletricidade de fontes renováveis, como PCHs e CGHs. Por meio de contratos de longo prazo, é possível obter preços mais previsíveis, protegendo o orçamento contra oscilações do mercado e trazendo maior estabilidade ao planejamento financeiro.

Além de otimizar custos, essa escolha contribui para uma matriz energética mais limpa e sustentável, que é um diferencial em crescente valorização por clientes, investidores e pela sociedade. Para empresas, migrar para o mercado livre reforça a imagem corporativa e demonstra compromisso concreto com boas práticas ESG, agregando valor institucional e ambiental.

Percebe como, além de ajudar o planeta, essa decisão também faz bem ao seu bolso? Com um portfólio diversificado de geração de energia renovável—incluindo PCHs como o Complexo Indaiás, no Mato Grosso do Sul, e as PCHs Serra das Agulhas e Pipoca, em Minas Gerais—, a Serena conecta você diretamente às melhores soluções de energia limpa.

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