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Da geração de energia até o consumidor final há um longo caminho em meio a regularizações, planejamento de operações, administração das transmissões e muitas outras etapas. Para que tudo aconteça dentro do sistema regulatório de energia vários órgãos são necessários. Um deles é o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
O Operador Nacional do Sistema Elétrico é responsável por coordenar e controlar a operação das instalações de geração e transmissão da energia elétrica. Além disso, o ONS também faz o planejamento da operação de sistemas isolados de energia, gerenciando e integrando as diferentes fontes de energia que existem no Brasil.
O órgão foi criado em 1998 por uma lei federal que estabelece a sua competência e atuação. Trata-se de uma associação civil sem fins lucrativos, ou seja, é formada por um grupo de pessoas jurídicas que se unem com um objetivo em comum, geralmente motivadas por questões relacionadas ao bem-estar social e/ou ambiental.
O ONS possui uma função estratégica e desenvolve estudos de médio e curto prazo. Ele é responsável por coordenar a operação da geração e da transmissão da energia elétrica em todo o território por meio do SIN (Sistema Interligado Nacional), rede que interliga o Brasil, o que torna possível o intercâmbio de eletricidade entre as regiões. É de responsabilidade do ONS operar o SIN.
O ONS deve garantir que o sistema eletroenergético funcione de forma otimizada, em busca de custos sempre menores, mas sem perder os padrões técnicos e de qualidade que são colocados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Além disso, o órgão é fiscalizado e regulado também pela Aneel, e juntos são responsáveis por estipular as especificidades técnicas dos leilões de transmissão. O ONS trabalha de maneira articulada com o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), o qual é coordenado pelo MME (Ministério de Minas e Energia).
Outras tarefas importantes do ONS são: fazer com que os agentes do setor elétrico (geradores, autoprodutores, consumidores, distribuidores e agentes de importação e exportação) acessem a rede de transmissão de forma igualitária.
Por meio de cinco centros espalhados pelo país, o ONS controla a operação em tempo real. Sendo que é de responsabilidade do órgão garantir a segurança e continuidade do suprimento de energia, recomendando as ampliações necessárias para que a rede elétrica continue crescendo.
A sua atuação vai além do Brasil, o ONS pode realizar acordos com países da América do Sul, por meio de intercâmbios de energia elétrica. Além de participar de convênios de cooperação técnica com instituições de outros países.
Para que o sistema eletroenergético funcione da maneira certa, o ONS trabalha em diversas áreas. Algumas dessas frentes de atuação acabam se interligando em meio ao processo. Veja mais:
Como foi dito anteriormente, para expansão do sistema elétrico nacional, o ONS cria o Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo. É neste plano que fica documentado quais serão as ampliações da rede básica e quais instalações precisarão ser reforçadas, indicando quais são os equipamentos que precisam ser substituídos, seja por esgotamento da vida útil, risco de danos a instalações ou desgastes prematuros que podem acontecer.
Esse plano visa os próximos 5 anos seguintes, levando em conta que os 2 primeiros anos possuem uma visão mais operacional e nos outros 3 anos o foco é nas estruturas das obras. Adicionalmente, mais no âmbito do curto prazo, são realizados os estudos com horizonte quadrimestral para subsidiar a programação da operação.
Para que o sistema opere dentro das expectativas e atenda as demandas exigidas, o ONS precisa planejar e programar a operação eletroenergética. Ainda assim, antes de chegar na etapa de planejamento, são feitos diversos estudos e análises que possam garantir que as instalações estão adequadas às regras físicas e legais.
O planejamento das operações é feito baseado nestes estudos e análises a fim de conseguir estabelecer um sistema otimizado e seguro. Dentro desse planejamento são criadas estratégias e estabelecidas expectativas de resultados, visando um custo menor possível.
A programação da operação é pensada sempre a curto prazo, de maneira mensal, revisado semanalmente e estabelecido diariamente. Nesta etapa, o ONS considera os intercâmbios de energia, as metas dos níveis de armazenamento dos reservatórios e a possibilidade de intervenções nos equipamentos do sistema, para garantir a segurança operacional do sistema.
Com o planejamento e a programação diária em mãos, o ONS coordena e supervisiona o funcionamento da Rede de Operação, incluindo o sistema de transmissão e as instalações do SIN.
Existem diversos centros de operação espalhados pelo país e seu funcionamento se dá como a operação de tráfego aéreo, por exemplo. Nos centros, há operadores 24 horas por dia acompanhando o funcionamento das usinas.
Esses profissionais acompanham a programação diária e ficam em alerta para caso algo saia do planejado, eles possam entrar em contato com a equipe da usina para entender o que está acontecendo.
Na etapa de pós-operação, o ONS apura os dados referentes a operação, analisa as ocorrências e divulga os resultados para os agentes do setor. É feita a avaliação da operação a partir dos resultados obtidos. São mapeadas possíveis falhas ou eventos adversos, quais as causas e quais podem ser as correções feitas ou medidas preventivas a serem tomadas.
O ONS passou por uma reestruturação no modelo organizacional nos últimos anos. A diretoria geral ficou responsável pelas gerências executivas de compliance, relacionamento institucional e comunicação, controle interno, gestão de risco, auditoria e inovação, ou seja, passou a ter foco maior em estratégias e articulações.
Abaixo da diretoria geral, foram estabelecidas outras diretorias, são elas: diretoria de TI, relacionamento com agentes e assuntos regulatórios; diretoria de planejamento; diretoria de operação, responsável por controlar as atividades diárias e mensais e por fim, a diretoria de assuntos corporativos, lidando com temas jurídicos e administrativos.
Para que o ONS possa fazer o planejamento e a programação da operação é preciso pensar no viés elétrico e energético.
Durante esse processo são feitas simulações energéticas que estabelecem o custo marginal de operação, que na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) reflete-se no Preço de Liquidação das Diferenças (PLD).
Apesar de similares, existem algumas diferenças regulatórias. Essa relação entre ambos os órgãos auxilia principalmente na programação de como será a operação no dia seguinte.
Em linhas gerais, a CCEE vê a energia como a energia se deu e fica responsável pela comercialização dela, já o ONS proporciona que a energia flua pelo sistema de maneira inteligente.
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